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sábado, 10 de novembro de 2012

Analogia do Iceberg

  Quando as pessoas pensam na gaguez pensam muitas vezes no ato físico. Por exemplo, a real gaguez em si (ex.: repetições, prolongamentos, bloqueios, etc.) ou nas características secundárias (piscar os olhos, balançar o corpo para a frente, a comutação de palavra).
Contudo, existem muito mais aspetos que as pessoas não entendem, a menos que tenham uma relação forte e direta com uma pessoa gaga.

A gaguez é uma questão complexa, não são apenas as características físicas. De facto, as características físicas e mecânicas são apenas uma pequena parte da gaguez. E é isto que a analogia do iceberg pretende transmitir.
 
Se olharmos para o iceberg, observamos que a parte que está acima da linha da água é muito pequena quando comparada com a parte abaixo da linha da água, pois 90% da massa de um iceberg esconde-se abaixo da superfície. Da mesma forma, a grandeza do fenómeno da gaguez está escondida.
 
As pessoas com gaguez transportam consigo uma grande bagagem emocional que é invisível aos outros.
 
Os gagos têm frequentemente vergonha da incapacidade de falar normalmente e sentem-se diminuídos por causa desta dificuldade de comunicação (com os outros), sentem-se culpados por não realizarem coisas das quais seriam capazes se não fossem gagos e sentem-se embaraçados e frustrados por causa da gaguez e pela impaciência daqueles com quem falam. Para além disso, têm também receio de situações constrangedoras como fazer o pedido num restaurante ou ter de dar uma informação a alguém.
 
Tudo isto vai ter um grande impacto nas suas vidas e poderá condicioná-las.

 

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